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O DIA EM QUE DEI UMA CARTEIRADA NA POLÍCIA

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   Quem anda sabe como é comum que as sessões acabem naquela troca de ideias sobre os altos e baixos do movimento e, vez ou outra, pelo menos antigamente, quando o assunto ainda era novidade, um tema que sempre vinha à tona era sobre a real função da carteirinha de skatista profissional. Como essas ideias têm um tom descontraído, quase sempre apareciam afirmações sobre o tema do tipo “Só serve pra tomar geral dos homens” ou a sua negação direta “Não serve nem pra tomar geral dos homens”.   E teve uma vez, há muitos anos, em que eu pude comprovar, na prática, a eficácia de nossa funcional, se é que podemos chamá-la assim, diante de uma averiguação policial. Aí vai:   Era madrugada. Estávamos eu e mais dois amigos. Um, um proeminente skatista profissional, à época ainda amador. O outro, professor de História, parceiro de sessão desde os primeiros impulsos.   Eu havia acabado de voltar a morar em Piracicaba, e como voltávamos da noite com algumas cervejas ainda por tomar, sugeri que termi

DEVANEIO

  Essa noite o Stanley (Inácio) me ligou. Do Irã. Estava à procura de novos picos para que o time da Maha  pudesse finalizar o vídeo em grande estilo, uma vez que Brasília, Sampa e Rio de Janeiro,  apesar de excelentes, já não bastavam pra quem buscava o prêmio de melhor vídeo do ano do  Troféu Cemporcento Skate, uma das premiações mais consagradas do skate mundial. E estava  super encanado, pois ficara sabendo do interesse da Drop em adquirir a Cizma, assim como já  havia feito com diversas outras marcas, principalmente de shapes, que haviam tido um bom  desempenho nos últimos anos (e ganhado grande valor de mercado), vindo a se tornar o  grande conglomerado que é hoje em dia, detendo a maior parte da venda de shapes não só no  Brasil, mas em toda a América do Sul. Disse que não, que a marca tinha que se manter fiel, a  exemplo da Eleven, da Diet, da Simple e de muitas outras que seguiram firmes à tentação e  continuaram a fazer um bom trabalho, lançando promessas e produtos de ótima

ENCONTRO COMIGO MESMO DEZ ANOS ATRÁS

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  Revirando as caixas em minha nova casa, a fim de organizá-las, acabei me deparando com algumas pilhas de revistas e a atitude foi automática: parei o que estava fazendo e saquei a primeira, uma Cemporcento de 2011, se não me engano, com um fs fifty do Samuel Jimmy estampando sua capa. Capa essa que, ainda hoje, faria com que qualquer um pagasse um pau e fez com que eu, imediatamente, entrasse em uma espécie de máquina do tempo.    O peso daquele amontoado de papel, o cheiro inconfundível, o lamber dos dedos a fim de avançar aquelas páginas carcomidas pelo tempo, com orelhas posicionadas exatamente no mesmo lugar aonde minha mão agora se dirigia novamente , o mistério de quem estará na próxima página.   Índice, editorial, o entrevistado. Frame, espaço amador. Quem seriam os da vez e que material eles teriam para nos apresentar enquanto leitores sedentos por cada nova edição?    Sentado ali, em minha cápsula temporal, uma parte de mim sorriu, feliz em poder estar em um lugar tão prazer

HOJE NÃO

E aí, mano, vamos? Não, hoje eu não fliparei Se a você tudo bem Tudo o que passa lá fora Corpos aos montes E o dinheiro indo embora Então vá, bem seguro de si Com seus looks, moedas, correntes Jets aqui e ali Mas eu, rei Hoje eu não irei Pelos que por mim Lá fora lutam Por mim, pelos meus Pelos teus, por você, rei Não, Hoje eu não fliparei.

PEÇAS GRINGAS MAIS BARATAS: SALVAÇÃO OU ARAPUCA?

No último dia 20, nosso estimado presidente da república anunciou, via twitter, a diminuição da alíquota de importação para os materiais de skate de 20% para 2%. Juntamente com os instrumentos musicais, o skate entra para um rol de mais de 600 itens, segundo o governo federal, que já tiveram suas alíquotas de importação baixadas ou zeradas, a exemplo das armas e dos pneus, que tiveram o imposto zerado pelo mandatário a fim de agradar aos caminhoneiros. A medida começou a valer dia 27. Não sei se por empatia para com as minorias – traço típico do comandante – ou se porque o 03 resolveu voltar a dar umas bandas e até mesmo ele se assustou com o preço do Indy na net (média de 800 mangos), mas confesso que tal medida veio em bom momento, afinal, já não via a hora de poder montar uma nave nova e, ainda por cima, voltar para mi casa portando 1 kg de carne moída, que poderei comprar com o valor que irei economizar. Carne moída de segunda. Quer valer? Então vamos aos cálculos: suponhamos uma c